terça-feira, 16 de junho de 2009

LISBOA


Qual semente trazida pelo vento para germinar em lugares distantes, cheguei a Lisboa, em 1987 depois de ter vivido durante quase três anos em New York.
Foi uma escolha, é certo, mas que motivação estaria subjacente a uma mudança de vida tão radical?
O primeiro impulso para sair do País onde nasci, apareceu muito cedo em mim, vindo do meu “Ser”.
Lisboa, também chamada “Cidade Branca” devido à sua peculiar luminosidade, ainda hoje me surpreende pela sua beleza.
Avistar a cidade do alto dos seus Miradouros, andar pelas ruelas de Alfama a sentir o paralelepípedo, testemunha de tantos passos que por ali já passaram, constituem experiências únicas e intransmissíveis.

2 comentários:

Apostol disse...

Quando era menino, sempre ouvia falar aos amigos estrangeiros de minha família que Lisboa tinha uma luz especial, mas eu, habituado a ela, não lhe achava nada de especial. Só muitos anos mais tarde, quando estudava em paris, e em que num dia cinzento de inverno passei frente à loja da TAP, salvo erro, e vi umas fotos do Palácio de Fronteira, em que a luminosidade de Lisboa saltava como um grito rebelde na penumbra parisience, compreendi então o que era a Luz de Lisboa...

Semata disse...

Em tempos algo conturbados, de implicações sociais e económicas, como são as actuais, ao ler a postagem da D.ª Alcione Scarpin, manifestando o impulso que muito cedo sentiu em si, para vir até à nossa capital, LISBOA, onde continua a manifestar seu agrado por aqui viver, pondo em evidência o brilho de uma Cidade Branca que a surpreendeu pela sua beleza, faço minha reflexão introspectiva, se essa beleza não poderá de algum modo ser afectada pela actual conjuntura.
É evidente que a beleza natural não sucumbe às convulsões de cariz sócio-económico que possam surgir ou existir.
Porém fica sempre o receio de que, todos os cuidados que são requeridos e que envolvem a manutenção desta nossa cidade linda, possa vir a ser afectada.
De qualquer forma cabe manifestar à Dr.ª Alcione, bem como a muitos outros nossos irmãos brasileiros, nossa gratidão, por de forma tão clara e sublime, expressarem seu sentimento de agradabilidade por fazerem parte da urbe humana desta nossa linda cidade, Princesa do Tejo, evocada pelos poetas e cantada pelos cantores e fadistas, alguns também de origem daquele nosso País irmão. Votos sinceros para que possa aqui continuar e gostar de viver.